Carta aos Pais e/ou Responsáveis

Belo Horizonte, 20 de abril de 2017                            

Prezados Pais e/ou Responsáveis,

Acreditamos que já seja de seu conhecimento informações sobre um jogo que está circulando nas redes sociais. Esse perigoso jogo, denominado “baleia azul”, consiste no aliciamento de crianças, adolescentes e jovens desafiando-os à destruição tanto da sua vida quanto de outras pessoas.  

Iniciado na Rússia, esse jogo vem se alastrando rapidamente pelo mundo através da internet. Segundo informações que circulam no ambiente virtual, um participante é selecionado e, por meio de mensagens diárias,  induzido à práticas de violências que culminam com sua autodestruição. Após um primeiro momento em que se consolida seu condicionamento mental, passa a receber tarefas/desafios, cada vez mais ousados e perigosos, começando com o desenho de uma baleia no próprio corpo, com material cortante, até o último, que é o suicídio. O participante é, inclusive, obrigado a filmar e enviar o vídeo com a execução de cada tarefa para provar que obedeceu ao comando. São ao todo 50 desafios distribuídos num prazo de 50 dias.

Segundo informações da polícia, que executa intensa investigação para identificar os administradores do jogo, já ocorreram mortes de jovens no Brasil, inclusive em Minas Gerais.

Tomamos a iniciativa de enviar esta carta como um alerta às famílias, em nome da nossa missão cujo princípio é o  cuidado com seus alunos e a valorização da vida.

Torna-se indispensável que os pais/responsáveis intensifiquem os cuidados com seus filhos! Para tanto, sugerimos:

  1. Monitorar o uso de smartphones e redes sociais, em tempo integral.
  2. Orientar os filhos a não adicionarem pessoas estranhas nas redes sociais.
  3. Conversar com os filhos acerca dos graves riscos desse jogo, caso julguem necessário.
  4. Observar atentamente as mudanças no comportamento dos filhos e, caso suspeitem, investigar os devidos motivos imediatamente.

Entendemos que a vulnerabilidade de algumas crianças e adolescentes a esse tipo de assédio pode ser decorrente do espaço vazio em suas vidas, a falta de diálogo ou mesmo a ausência da família e até de valores, que os tornam imediatistas, insatisfeitos e consumistas. Nesse contexto, eles tendem a buscar sentido para a vida aderindo ao que, muitas vezes, representa alto risco para a sua saúde física, mental e espiritual. A criança e o adolescente precisam ouvir um “não” e aprender a esperar o momento certo para cada coisa e, portanto, aprender a lidar com frustrações. Isso é parte essencial do processo de crescimento e amadurecimento.

Estimados pais, dialoguem, acolham e vivenciem intensa e profundamente a relação com seus filhos. Sabemos do desafio que é hoje, educá-los e por isso nos colocamos como parceiros  das famílias  e reiteramos o nosso compromisso de oferecer uma formação pautada nos valores éticos, morais e espirituais.    

Um abraço fraterno!

A Direção

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