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Homenagem ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais

Tivemos a honra de receber verdadeiros super-heróis em nosso teatro – agentes do pelotão dos Bombeiros do Barreiro que estiveram e atuaram no resgate às vítimas da barragem do Córrego do Feijão em Brumadinho.
Foi uma linda homenagem onde a emoção falou mais alto e nossos alunos demonstraram todo reconhecimento e agradecimento aos militares, por sua competência e bravura.
Não temos palavras para agradecer ao Tenente Gabriel Fraguas Rocha e todos outros agentes!

 

Confira transcrita abaixo a matéria feita pela repórter Clarisse Souza para o Portal O Tempo:

RECONHECIMENTO
Bombeiros que atuaram em Brumadinho são homenageados por estudantes
Militares contaram a alunos do Colégio São Paulo da Cruz que chegaram a ter medo de um novo rompimento de barragem durante buscas por sobreviventes

Em meio ao cenário de devastação deixado pela lama em Brumadinho, a bravura de homens e mulheres, que trabalham incessantemente há mais de 20 dias na tentativa de resgatar todas as vítimas do rompimento da barragem da Vale, faz crescer a admiração de um grupo de estudantes de Belo Horizonte pelos militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Entre as várias manifestações de carinho dedicadas até agora aos profissionais, que não demonstram intenção de desistir diante dos obstáculos de uma das maiores operações de resgate da história do país, cerca de 300 alunos do Colégio São Paulo da Cruz, na região do Barreiro, receberam nesta quinta-feira (14) alguns agentes que atuaram nas primeiras horas de resgate em Córrego do Feijão como heróis da vida real.
Um dos primeiros militares a chegar ao local da tragédia, o sargento Rodrigo Campos, do pelotão do Barreiro, descreveu a um grupo de alunos de olhares atentos qual o sentimento de atuar em um desastre. “É a nossa missão, nosso trabalho, é o que a gente gosta de fazer. O coração palpita forte, a adrenalina cai no sangue, e a gente vai com vontade”, disse o militar, sem esconder o medo que sentiu diante da possibilidade de outra barragem se romper enquanto ele e vários colegas lutavam para resgatar alguém com vida em meio ao lamaçal.
“Foram várias as vezes que a gente teve de evacuar a área, sair correndo e largar as ferramentas para trás com medo de morrer”, comentou o tenente Gabriel Fraguas Rocha, que comandou os trabalhos do pelotão do Barreiro naquele dia 25 de janeiro.
Mas, segundo os agentes, não houve temor que os fizesse parar. “Em Brumadinho, o que não faltou foi empatia e amor ao próximo. Não apenas para as vítimas que estavam sendo socorridas na lama ou para aquelas que tiveram as vidas ceifadas, mas principalmente com os moradores e familiares que estavam próximos ao posto de comando muito angustiados querendo saber notícias de algum parente ou conhecido”, disse o soldado Ralf Guadalupe aos estudantes.
“Heróis anônimos”
Durante a acolhida aos militares, o capelão do colégio, padre Aurélio Miranda, exaltou a coragem dos bombeiros e os comparou a heróis. “Cada um que entende a vida como missão tem coragem de fazer o que os bombeiros demonstraram nesses dias em Brumadinho. São os heróis anônimos”, afirmou o padre. E tal qual heróis, que não negam a ajuda ao próximo, cinco dos seis militares que representavam a corporação no colégio tiveram de abandonar a homenagem antes do fim para atender ao chamado de duas ocorrências que surgiram durante o evento. Todos os dias, quando coloco a minha farda, eu me sinto um homem melhor, porque sei que eu também estou trabalhando para mim, porque eu também sou cidadão”, declarou o cabo Leandro Bosque aos jovens antes de deixar o auditório.
O diretor do colégio, Carlos Cotta, contou que a escola tem abordado diversos aspectos da tragédia em Brumadinho com os alunos e espera promover a reflexão sobre seus impactos na sociedade. “Quisemos trazer os bombeiros aqui para dar aos nossos alunos a real dimensão do que é uma tragédia desse porte, e para que eles possam relacionar esse fato com suas causas. Porque a gente sabe que o descaso público e a falta de fiscalização é uma das maiores mazelas do país”, destacou o educador.
Para a estudante Aressa Silva Godinho Ferreira, de 17 anos, a homenagem no colégio foi uma forma de expressar reconhecimento ao trabalho dos bombeiros. “Foi uma honra ver eles mostrando a perspectiva que eles tiveram dessa tragédia e como eles fizeram para manter a cabeça firme e ajudar as pessoas em Brumadinho”, disse.
Aos olhos do tenente Fraguas, a homenagem dos alunos foi uma grata surpresa em meio a dias tão sombrios. “É muito emocionante e gratificante ver o tanto que as pessoas valorizam o trabalho do Corpo de Bombeiros naquela tragédia. Mas a gente lembra que estamos fazendo não é nada além da nossa obrigação constitucional: vidas salvar”, lembrou o militar.
Clique aqui para ver a matéria no Portal O TEMPO.

Fotos: Léo Fontes e divulgação.

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