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Projeto intedisciplinar se destaca no “XV UFMG Jovem”

           Mais uma vez uma equipe do Ensino Médio do Colégio São Paulo da Cruz foi selecionada para participar da mostra de trabalhos “UFMG Jovem”, que chega ao seu 15º ano. Um privilégio para 50 escolas, que tiveram os projetos de seus alunos escolhidos. O trabalho selecionado foi “Pioneiria na Educação” e envolveu as disciplinas de Química e Matemática. Os professores Flávia Ramalho e Weliton Leão orientaram os alunos Blanda Eulália Palhares Alves Ramalho, Débora Dias Silva, Gabriel Wilson Gomes Barbosa e Lucas Magalhães.

            O “XV UFMG Jovem” foi realizado de 29 a 31 de outubro, na Praça de Serviços do campus da UFMG. Dois espaços foram ocupados pelo projeto “Pioneiria na Educação”. Em um deles foi colocado uma mesa feita de bambu e sisal, junto com um banner com as informações técnicas sobre o projeto. No outro, foi feita uma maquete com um Campo de Patrulha dos Escoteiros. “Muita gente fez questão de testar a resistência dos materiais”, comentou Lucas.

            A mostra recebeu grande número de visitantes e houve dias em que os alunos ficaram afônicos por explicarem tantas vezes o projeto. Segundo eles, a pioneiria trata de instalações e móveis, feitos pelos escoteiros, utilizando materiais encontrados no meio ambiente e facilmente absorvidos por ele.

 

Matemática e Química

            Débora comentou que a Matemática entra no projeto por meio das formas geométricas, que tornam as instalações e móveis mais resistentes. As mesmas treliças encontradas nas mesas e fortes de pioneiria estão presentes em pontes e telhados.

Já a Química analisa os elementos que compõem o bambu e o sisal. Segundo Gabriel Wilson, ambos possuem a lignina, que é uma proteína vegetal responsável pela estruturação dos materiais. A presença do carbono faz com que o bambu seja resistente e leve. “Três toras de bambu têm a mesma resistência de uma barra de ferro”, acrescenta o aluno.

Flávia salienta que um dos diferenciais do “Pioneiria na Educação” é sua proposta interdisciplinar. Para a professora, a ideia do projeto surgiu em virtude de sua filha Blanda ser escoteira, há vários anos, e comentar sobre a utilidade e proposta sustentável dessas instalações e móveis que compõem um Campo de Patrulha.

 

Ganhos para os alunos

O professor Weliton “abraçou” a ideia e o grupo de alunos também não pensou duas vezes. “Eles aprendem a fazer um projeto, a montar a apresentação de uma atividade acadêmica, têm a oportunidade de estar na UFMG e conviver com alunos de outras escolas, que também fazem pesquisas”, ressalta Flávia.

Uma das ideias que surgiu durante o desenvolvimento do projeto “Pioneiria na Educação” foi sugerir que regiões onde há tufões, como o centro-sul dos Estados Unidos, utilizem esses materiais para dar a primeira assistência, ou seja, abrigar temporariamente as famílias atingidas. Mas, para isso, teriam que ser feitas mais pesquisas para saber se nelas há terreno propício para o plantio de bambu e sisal. O pesquisador é por natureza inquieto e está sempre em busca de soluções para os problemas enfrentados pela sociedade.


 

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